terça-feira, 21 de novembro de 2017

Etapa final do Sul Brasileiro de Tangará 2017

Neste final de semana aconteceu a etapa final do Campeonato Sul Brasileiro de Parapente 2017 em Tangara SC. 

A previsão ruim de sábado espantou alguns competidores que não compareceram. No domingo abriu bom tempo e foi definido uma boa prova de 68 km com pilões em Monte Carlo e Fraiburgo. O vento sudoeste atrapalhou um pouco as decolagens, mas o voo estava muito bom. Termais de mais de 5m/s e teto de 2500m fizeram a alegria dos participantes.

Logo no começo o primeiro pelotão se definiu com, Richard B11, Mark E2, Ricardinho Zeno, Estevão E2, Moacir Zeno, Ronnie E3, Bafinho B11, Rafael cayenne5.

A prova andou muito bem o tempo todo, com planeios velozes de até 75km/h e termais boas. Mark conseguiu uma boa vantagem e puxou do inicio até a metade da prova onde forçou um pouco demais e ficou baixo.
Neste momento, já passando por Fraiburgo onde muitos deste pelotão ficaram baixos, avistei uma bela formação e consegui colocar boa vantagem sobre os demais. Tentando me aproveitar deste momento tentei puxar a frente já sentido Leblon Régis, mas em uma termal mais fraca, Bafinho, Richard e Moacir me alcançaram.

Com a última perna de 13km em um forte contra vento de 20 km/ h sabíamos que esta volta seria muito difícil. Colocamos base a 2450 e seguimos para o Gol.
Neste contra vento consegui uma linha um pouco melhor que eles e fiquei mais alto seguindo na frente para o Gol. Mas realmente estava muito difícil andar e as termais já não estavam tão fortes. Não estava valendo a pena girar em termais fracas e perder terreno na deriva.

Segui surfando nas bolhas e tentando avançar sem perder altura mas não deu. Um grande ralo no planeio final me deixou apenas a 700m do gol.
Todos que vieram atrás também brigaram muito contra o forte vento e termais fracas e não conseguiram avançar e ficaram a alguns kms do gol.

Após 30 min o Rafael de Cayenne 5 que acabou ficando pra tras no voo, conseguiu encher o tanque e foi o único a completar a prova.

Pessoalmente falando, para mim foi uma ótima prova onde eu estava brigando diretamente com Bafinho pelo título de campeão sul brasileiro 2017. E tinha que conquistar uma vantagem sobre ele para garantir o título. 
No final consegui esta vantagem, mas ela foi muito pequena e não foi o suficiente para superar a vantagem que ele tinha desde a etapa de Sapiranga no começo do ano.

Bafinho sagrou-se tetra campeão sul brasileiro, e terminei como vice campeão no campeonato regional mais tradicional do Brasil.

Resultados da etapa de Tangara:

Resultados do campeonato sul brasileiro 2017:

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

QUAL A POROSIDADE DE UMA VELA ZERO ?


Hoje chegou meu Enzo 3 zero. E aproveitei para verificar qual seria a porosidade de um tecido zero, sem uso. E o resultado do porosímetro foi de 948 segundos.

Logicamente os resultados podem variar de tecido para tecido, visto que as fabricas usam diferentes tipos de tecidos em seus parapentes.

Mas, fica comprovado o que disse no meu texto anterior, que uma vela com 200 não deveria ser considerado como NOVO de acordo com seus fabricantes.

Uma vela com 600 segundos é diferente de uma vela com 200 segundos e por aí vai...
Então, quando for comprar uma vela usada ou semi-nova, se atente ao resultado de porosidade que consta no laudo. 


terça-feira, 7 de novembro de 2017

POROSIDADE

Dentro dos processos de revisão de um parapente, sabemos que a medição da porosidade do tecido é um dos fatores mais importantes a ser verificado.

O tecido quando é novo, vem com uma camada de resina que impossibilita o ar de atravessar o material do tecido. Com o uso comum do equipamento, essa camada vai aos poucos se deteriorando. Fatores como, exposição ao sol, maresia, abrasão, sujeiras, umidade, calor excessivo etc são os principais responsáveis por acelerar o processo de degradação da porosidade do tecido.


As fábricas utilizam vários tipos de tecidos, de diversas gramaturas diferentes. E cada um deles se comporta diferente do outro de acordo com o uso do equipamento.

Para realizar essa medição, é utilizado um equipamento especial denominado porosímetro. O porosímetro é um equipamento de mecanismo simples, que trabalha através da gravidade e vácuo, onde é medido o tempo onde 0,25L de ar passa pelo tecido.



De forma geral, as fabricas consideram que um tecido que esteja acima de 200 segundos está como novo no quesito porosidade. Inclusive existe outro fabricante que determina que acima de 120 segundos é considerado novo.

No manual do aparelho JDC, diz que quando novo, o tecido deve ser medido para verificar o seu resultado de porosidade original. E após 1 ano de uso, a medição deve ser refeita. Caso o resultado desta medição seja inferior a 2/3 do valor original a frequência de medição deve aumentar para a cada 6 meses ou 50 horas de uso. E se o resultado for inferior a 1/3 do valor original, é indicado uso excessivo do equipamento.


Com o exposto acima, vou citar o que tenho percebido com as velas que tenho trabalhado aqui no Check Center Vortex Paragliding.

A grande maioria das velas novas, alcançam resultados de porosidade superiores a 700 segundos com facilidade. Velas com 2 anos ou mais de uso normal, tem resultados entre 400 e 300 segundos.

Então, considerando que uma vela nova tem 700 segundos de porosímetro quando nova, como podemos considerar uma vela com 200 segundos como nova?

Uma vela com resultado de 600 segundos no porosímetro certamente teve muito menos uso do que uma vela com 200 segundos.

Não estou dizendo que uma vela com 200 segundos está ruim. Muito pelo contrário, é um bom resultado. Mas para mim, não se pode comparar uma vela com 200 segundos, no mesmo estado de uma vela com 700 segundos.

No laudo de revisão que emito aqui na Vortex Paragliding, é colocado o resultado real medido no porosímetro, seja ele o resultado que for. 20...90...180...200..350..700 e já vi resultados acima de 1000 segundos em alguns materiais.

Na emissão do laudo, sigo a orientação da fábrica e considero como novo um tecido com resultado acima de 200 segundos de porosidade.

TABELA JDC
>200
NOVO
100-200
BOM
50-100
USADO
25-50
MUITO USADO
.25-10
RUIM
<10
INOPERANTE

Porém, oriento a todos que tenham lido este texto a se atentar para os resultados de porosidade que são emitidos nos laudos.

Certamente uma vela com 500 segundos de porosidade tem maiores possibilidades de estar em melhor estado do que outra vela com 200 segundos de porosidade.

Bons vôos !

terça-feira, 15 de novembro de 2016

TREINAMENTO SKYWALK




 Neste início de novembro recebemos o convite da Skywalk para participar de um treinamento de revisão e manutenção de parapentes dentro da sede administrativa da fábrica em Marquartstein na Alemanha.

Fomos em 3 pessoas, o Fábio, proprietário da R2 Parapentes do Rio de Janeiro que inclusive já é autorizada Skywalk. O Axé, experiente funcionário da Parapente Sul de Florianópolis e eu, que estou iniciando as atividades com a Vortex Paragliding aqui em Curitiba.

Foram 12 dias de muito estudo e trabalho, onde aprendemos todas as rotinas e protocolos de revisão e manutenção que a Skywalk aplica em seus parapentes anualmente, com o objetivo de garantir que seus produtos mantenham as características de segurança e performance durante toda a vida útil do equipamento.

A Skywalk é líder de mercado na Alemanha e tivemos a chance única de poder participar deste treinamento e aprender as mais modernas técnicas de vistoria, medição e trimagem em parapentes.
Adotamos a nossa rotina diária como funcionários da fábrica. Entravamos as 08h da manhã com intervalo de 1 hora de almoço e saíamos as 17h, já de noite e com um frio de -5°. Foi uma dura e cansativa rotina, mas entendemos que somente desta maneira, conseguimos aproveitar o treinamento da forma mais intensa possível.


O objetivo da Skywalk é de certificar algumas oficinas no Brasil, para poder atender os proprietários de equipamentos da marca com a manutenção dentro dos protocolos estabelecidos pela fábrica.
Mas afinal, o que são os protocolos definidos pela fábrica?

Cada fabricante estabelece uma forma de medir, costurar tecidos e linhas, revisar seus equipamentos.
A Skywalk estabelece uma sequência de procedimentos dentro da revisão, onde cada um deles exige uma maneira especifica para ser executado. Toda esta rotina é registrada por um sistema on-line disponibilizado pela Skywalk chamado de Check Air.



Todas velas Skywalk que são revisadas por oficinas autorizadas ao redor do mundo ficam registradas neste sistema. Desta forma, a Skywalk consegue garantir que suas velas se mantenham sempre dentro das características originais de fábrica, e também serve como banco de dados pelo mundo onde posteriormente são realizados estudos sobre o comportamento dos materiais utilizados em seus equipamentos nas mais variadas condições (calor, sol, neve, etc.).

Este sistema obriga a oficina a cumprir todas as rotinas de revisão que são determinadas pela fábrica. Desta forma não existe ‘’meia revisão” ou informações genéricas como vemos aqui no Brasil na grande maioria das oficinas.

Dando alguns exemplos de informação genérica constantes em alguns laudos emitidos por algumas oficinas:

Notamos em alguns laudos a simples informação ‘’LINHAS OK’’.

OK o quê? Medidas ok? Resistência ok? Trimagem ok? Inspeção visual ok? As linhas encolheram? Alongaram? Foram realizados testes de cargas? De que maneira? Qual a carga mínima? Qual o resultado ?


As medidas das linhas devem constar no laudo, e comparadas com as medidas originais do projeto e devem apresentadas ao proprietário.

Existem vários aspectos na revisão de linhas a serem observados e deverão constar nos laudos. As ausências de informações deixam dúvidas sobre o procedimento realizado.

Ainda sobre protocolos. Muitos sabem como costurar uma linha corretamente. Mas e uma linha Skywalk, Advance, Ozone, entre outras? Cada fábrica determina medidas exatas para tipo e tamanho de costuras de linhas, materiais usados e tipos de acabamento (single spliced, double spliced, loop cover) etc. Uma oficina até pode costurar uma linha, mas saber executar exatamente os padrões de medida, materiais e acabamentos que deverão ser utilizados em determinado procedimento, somente uma autorizada tem este tipo de conhecimento.




Um protocolo de fábrica determina, dependendo do ano de fabricação, modelo da vela, e número de check que está sendo realizado, quais serão os procedimentos que deverão ser realizados nesta revisão, como por exemplo, as linhas que deverão sofrer os testes de carga.
Dentre todos os procedimentos que aprendemos na Skywalk, o que merece destaque é a trimagem do parapente.

Os dados de medição das galerias de linhas são inseridos no programa, que automaticamente compara as medidas atuais, com as originais do projeto, e nos informa um diagnóstico de trimagem que deve ser feita para que a vela se mantenha dentro das suas características originais.

Percebemos que as linhas encolhem com o tempo, umas mais outras menos, dependendo do uso e cuidado do proprietário. Neste período que trabalhamos na Skywalk, fizemos revisão em várias velas, onde todas receberam uma trimagem específica.



O Check Air da Skywalk e seus protocolos são uma ótima ferramenta, pois ela garante que todos os procedimentos de revisão sejam cumpridos, descartando a possibilidade de não realizar qualquer procedimento que esteja dentro dos protocolos.

Aprendemos que todas as rotinas de revisão, medição e manutenção devem ser documentadas e constar no laudo de revisão e apresentadas ao proprietário da maneira mais clara e detalhada possível.
 

A mesma metodologia utilizada pela Skywalk, será adotada na Vortex Paragliding para a revisão de todos os parapentes. Pois entendemos que somente com uma criteriosa revisão e procedimentos bem feitos podem garantir que o equipamento saia da revisão com a garantia de que se mantenha as características de segurança e performance originais de fábrica.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Vortex Paragliding - Escola de Parapente em Curitiba

Vortex Paragliding. Escola de parapente em Curitiba.
Estamos oficialmente on line com o novo site da Vortex Paragliding.

Acesse e confira em 

A Vortex Paragliding é uma escola de parapente que atua em Curitiba e região metropolitana.

Nosso objetivo é oferecer um curso completo de Parapente onde o aluno é formado da maneira mais segura possível.

Desenvolvemos um método completamente diferenciado de ensino que assegura que o aluno cumpra de forma segura todas as etapas do curso até sua formatura.

Temos forte parceria com as melhores marcas do mercado. Podendo assim oferecer os melhores equipamentos a nossos alunos.

Tambem dispomos de serviço de manutenção em parapentes.

Entre em contato conosco.

Whats: 41 84150151



terça-feira, 2 de agosto de 2016

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

ENPI - Atibaia -Encontro Nacional de Pilotos e Instrutores

Neste final de semana de 29-30-31 de Julho aconteceu em Atibaia-SP o 14° ENPI (Encontro Nacional de Pilotos e instrutores) organizado pela CBVL(Confederação Brasileira de Voo Livre).

O objetivo do evento é promover o encontro de todos os interessados em adquirir conhecimento, trocar experiências e cumprir etapas para requerer alteração de nível de habilitação.
Tive muita sorte em conseguir participar deste evento, que foi pra lá de especial. Além de ser em Atibaia, um dos grandes berços do voo livre no Brasil, o staff de Palestrantes foi 5 estrelas.

André Fleury - Simplesmente o maior recordista mundial de todos os tempos, entre todas as modalidades. nenhum piloto no mundo bateu tantos recordes quanto ele. Apresentou uma grande palestra com alguns ''causos'' de seus voos, e segurança sobre paraquedas reserva.

Ary Pradi - fundador da Sol, que nos contou um pouco de sua visão sobre o mercado de parapentes no mundo

Marina Kalousdian - Presidente da CAB (Confederação de Aerodesporto do Brasil) que nos representa perante a FAI. Nos passou quais são os seus planos para o futuro dos esportes aéreos no Brasil, incluindo um World Air Games nos próximos anos.

Marcelo Araripe - Militar, e um dos responsáveis pela segurança do espaço aéreo brasileiro durante as Olimpíadas. Realizou uma grande palestra sobre ética e espaço aéreo.

Samuel Nascimento - Dispensa comentários, um dos melhores pilotos do Brasil e com certeza o mais carismático, nos mostrou algumas de seus conceitos sobre voos de XC.

Rafael Saladini - Recordista mundial, e está se destacando nas competições matando varias provas de brasileiro e PWC, e também é o produtor do filme Ciclos e agora está finalizando o Ciclos 2.
A palestra do Sardinha me surpreendeu pela extrema qualidade do estudo que ele realizou sobre as zonas de XC no Brasil. Ele nos passou interessantes técnicas para grandes voos de XC, e apesar de sua apresentação ter 120 ( isso mesmo 120) slides, foi uma palestra que prendeu a atenção e o fôlego de todos que lá estavam.

Mauricio Braga - Gatinho, apresentou a mecânica das manobras de acrobacia.

Sivuca - Esta era a palestra que eu mais esperava, já que estou reativando a minha escola, então gostaria muito de ver como ele executava as técnicas e metodologia de ensino. A palestra foi muito divertida, e de grande proveito técnico para mim. Excelente.

Frank Brown - Outro que dispensa comentários, passou uma excelente palestra sobre segurança em voo.
Sergio Louzada - (Juiz) Passou uma interessante palestra sobre os estudos que ele vem realizando sobre a questão do voo livre na lei brasileira. O foco da palestra foi em cima do voo duplo e foi muito bom. Porém seria muito interessante escutar algumas coisas sobre a questão da escola também.

E finalizando Betinho Schmitz, piloto de asa delta, multicampeão e recordista mundial. falou um pouco sobre as fases que um piloto passa até conseguir chegar em um nivel MESTRE. Excelente palestra.

E por ultimo o Chico Santos apresentou um pouco de sua historia, e projetos futuros da CBVL em relação ao voo livre brasileiro, como o reconhecimento da profissão Instrutor de Voo Livre.

No encerramento foi uma grande festa, e muito bonito de ver toda a equipe da CBVL se emocionando na entrega dos certificados, vendo a satisfação dos participantes que puderam comprovar o grande trabalho que a CBVL e seus membros vem realizando nestes últimos anos.


Parabéns CBVL e toda sua equipe, fiquei muito feliz de poder ter participado deste grande evento.




quinta-feira, 7 de abril de 2016

De quanto vento precisamos para planar de windsurf ?

Pergunta que fazemos muito quando estamos começando no Windsurf. Pelo menos na modalidade Formula, montei uma tabela com uma estimativa de vento necessário para planar, de acordo com o tamanho de vela e peso do velejador.

    60 KG 70 KG 80 KG 90 KG 100 KG  
Vela 7m² 13 14 15 16 17 Knots
Vela 8m² 11 12 13 14 15 Knots
Vela 9m² 10 11 12 13 14 Knots
Vela 10m² 9 10 11 12 13 Knots
Vela 11m² 7 8 9 10 11 Knots
Vela 12m² 6 7 8 8 9 Knots

Regata Formula Windsurf - Florianópolis

Neste ultimo final de semana aconteceu a 2° etapa do Ranking de monotipos do Iate Clube de Jurere em Florianopolis.
No sábado o vento soprou de Nordeste variando de 12 a 16 nós, onde aconteceram 2 regatas para o Windsurf. Tivemos a participação de 9 velejadores de wind para esta regata, com destaque para Bebeko ( campeão mundial Jr) e Zé, instrutor e proprietário da Santo vento de Camboriú.
Estes dois fizeram uma grande disputa no sábado, com Bebeko vencendo as duas regatas. Ainda na primeira regata Rodrigo Marin( Matraca) vinha bem na 3° colocação onde seu pé de mastro quebrou na perna de popa e foi obrigado a abandonar as regatas do dia.
No final eu e Osmarli acabamos revezando as 3° e 4° posições nas duas regatas. Alguns não conseguiram realizar a largada por terem problemas com seus equipamentos.
Já no domingo o vento estava fraco, e somente o Zé com uma vela 12m² conseguiu completar a regata.
 O resultado final ficou:
 1° Zé Raymundi
2° Bebeko
3° Osmarli
4° Ronnie

 O evento promovido pelo Iate Clube de Florianópolis foi perfeito, com uma excelente estrutura oferecida aos participantes e acompanhantes. Este evento foi um grande aprendizado e espero que nas próximas regatas, mais velejadores compareçam para prestigiar o evento. Abaixo segue um video com algumas das imagens da 1° regata.

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Windsurf Formula - Antonina PR

Algumas imagens do excelente velejo que rolou em Antonina  - Paraná


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

1° Etapa do Paranaense 2016 - Candido de Abreu - PR

Neste ultimo final de semana aconteceu a 1° etapa do campeonato paranaense 2016 em Candido de Abreu-PR
Mesmo com a previsão um pouco duvidosa, cerca de 35 pilotos compareceram a etapa organizada pela FVLP e Prefeitura local.
Chegando na rampa, tivemos a surpresa de receber a notícia de que a principal rampa de decolagem de Candido de Abreu com face N, NE não estaria disponível, devido a divergências locais com o proprietário do terreno. Restando apenas a pequena decolagem de L , SE.
Pessoalmente isto me desanimou muito, já que tradicionalmente o dia amanhece com vento Leste, e a medida que o sol vai esquentando o relevo o vento vira para Norte. E isto diminuiu muito as chances de termos uma prova nos dois dias.
No sábado, com sol e um pouco de cirrus, foi definido uma prova de triangulação de 32 km, e como previsto o vento leste rapidamente virou norte. Por sorte, alguns pilotos descobriram um local de decolagem para este vento. Local totalmente inapropriado, com mato alto, grandes pedras escondidas, rede elétrica e arvores em frente a decolagem, que colocou em risco os participantes.
Mesmo assim muitos decolaram e conseguiram subir na encosta do morro esperando o teto subir para fazer um bom start. Meguinha foi o primeiro a decolar e conseguiu subir rapidamente, colocando grande vantagem sobre todos os demais. Enquanto estavamos num grupo de 6 ou 7 tentando subir na rampa, Meguinha já havia batido o start a 3 km da rampa e estava mais alto que nós seguindo para a prova.
Nada mais restando a fazer na rampa, pois o teto não subia, Sender foi o primeiro a partir para o start, e fui junto com ele, já que estávamos muito baixo, e sempre é bom um parceiro para ajudar a rastrear as termais, e assim os demais vieram juntos. Eu estava um pouco mais alto, e bati o start e segui para a prova, pois já havia marcado a termal que o Meguinha havia deixado para tras. E o resto do pessoal se deixou iludir pelo Sender que ficou girando uma termal fraca no raio do start e a maioria ficou por ali mesmo.
A prova seguiu com Meguinha sempre uma termal a frente, Eu e Sildomar pegando os farelos do Meguinha, e Rafa cabelo e Precoce mais altos porem bem mais atras de nos.
Num determinado momento, eu consegui encostar no Meguinha, porém tomamos decisões diferentes e ele novamente abriu vantagem pegando uma termal muito boa mais a frente e seguiu para o pilão perto do rio. Eu tive que parar para abastecer, e encontrei outra termal muito boa, e aproveitei para encher o tanque o máximo que dava, já que a condição estava fraca, e o pilão do Rio parecia um grande ralo frio que não bombava nada. Meguinha seguiu baixo e entrou no ralo, enquanto eu bati alto e sai rapidamente do ralo.
Assim consegui alcançar o Meguinha,que estava girando uma boa termal, mas eu cheguei uns 150m acima dele. Neste momento  Cabelo e precoce nos encontraram mais abaixo na mesma termal, mas eles ainda tinham que ir no pilão do rio e voltar. Estávamos uns 7 km a frente deles.
Esta termal ficou fraca para o Meguinha que seguiu para a prova e não achou outra termal e foi para o chão. Eu estava mais alto e consegui me conectar as outras nuvens, e segui para a prova.
Bati o ultimo pilão baixo, e precisava de mais uma termal para alcançar o gol. Ceu azulou, e o vento apertou, e nada mais me restava a não ser mandar de caudal para o gol e torcer para bater em algo. Encontrei a salvadora, ganhei uma boa altura e segui com uma segurança de 300 m para o gol que era em cima da cidade. Fiz o gol com 390 acima e ainda deu para sobrevoar a cidade e achar um bom pouso.
Já no chão, vi o Cabelo vindo e imaginei que ele poderia fazer o gol. Mas depois descobri que ele ainda estava indo ao ultimo pilão e pousou por lá.
No final fui o Único a fazer o gol, com cabelo no ultimo pilão, seguidos de Meguinha, Precoce e Sildomar que pousaram no ralo do rio.
Como muitos nem decolaram, pregaram, ou caíram logo no inicio da prova , esta valeu pouco mais de 500 pontos somente.
Já no domingo a condição não apareceu e todos pregaram sem condições de prova.
O resultado final:
1° Ronnie Koerich - Boomerang 10
2° Rafa cabelo - Mantra 6
3° Rafael Matos Meguinha - IP7 Pro
4° Rafael Precoce - Delta 2
5° Sildomar - Mantra 6

Destaques para o Sender, que levou a turma pro ralo no inicio da prova, e para o Galo Véio que deu uma aula de como não se deve decolar.

Parabéns aos pilotos e organizadores, que a medida do possível fizeram o melhor para que a etapa ocorresse da melhor forma.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

20 anos de Vôo Livre - 1996/2016

Lembro-me como se fosse ontem, quando com apenas 13 anos iniciei o curso de asa delta, e aos 14 me formei ensinado pelo meu pai. Naquela época eu mal tinha forças para erguer o equipamento, e muito menos noção dos perigos que eu estava me metendo.
Nesses 20 anos houveram muitas frustrações, aprendizado, alegrias, experiências, viagens, mas o melhor de tudo são os grandes amigos que fazemos. Hoje considero que já não tenho mais aquele mesmo tesão pelo voo, aquele tesão que te fazia decolar no vento forte, subir o morro a pé só para dar um prego, ou simplesmente tesão para ter paciência de esperar no morro com a cabeça no sol o dia todo para dar um voo. Estou mais seletivo... somente isso. Pois o tesão pelo voo ainda é forte, e a felicidade de encontrar os amigos, seja na base de uma nuvem, ou no pouso oficial após um prego xexelento ainda é o mesmo.
Agora que alcancei a meta dos 20 anos, espero poder dobrar a meta, e voar por mais 40 anos com o mesmo tesão que a 20 anos atrás.

Um grande abraço a todos os amigos que fazem parte desta história.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Video do vôo do Samuka !

https://www.facebook.com/CBVL.Oficial/videos/133439156992266/?pnref=storydicas para emagrecer

Samuka bate o recorde de distancia de Jarguá - GO

Link do vôo espetacular dele em:

Clique aqui para ver o voo !

terça-feira, 23 de junho de 2015

REVIEW DAS VELAS B

O Ziad fez uma nova atualização das velas B do mercado.

Recentemente adquirimos uma AirDesing Rise 2, que pela revisão está bem ranqueada em todos os quesitos analisados pelo Ziad, que inclusive diz que o Rise tem a mesma performance de planeio e subida que as melhores velas, porém em uma escala de 0 a 10 em exigência de pilotagem ganhou apenas nota 4(fácil) enquanto o Carrera e Chilli 3 ganharam notas 8 e 7(difícil).

Mais informações no blog do Ziad:
clique aqui para ver o report

Parece que acertamos na escolha.....


segunda-feira, 23 de março de 2015

Recado do Mentira sobre o XcTrack !

Olá Pessoal
Muitos competidores estão usando XCtrack e questionam se o tracklog dele é valido em Campeonato. Sim, o tracklog é válido e o uso do XCtrack em um celular agiliza muito o processo de download do tracklog pois é possível enviar por bluetooth, eliminando conflitos com drives, cabos e o tempo de envio não passa de 10 segundos. O XCtrack atualmente (versão 0.5.1) gera o arquivo de tracklog com nome padrão (ex: 2015-03-21-XCT-MXX-01.igc) por isso eu só aceitarei o arquivo renomeado. O piloto deve renomear o arquivo antes de enviar para a apuração, alterando o formato para: data-nomedopiloto.numerocivlid.igc (ex: 2015-03-21-maicon.14378.igc), então decore seu Civlid!!!

E como renomear e enviar o arquivo? Para isso, você terá que usar um gerenciador de arquivos em seu celular, eu recomendo o ES File Explorer que é gratuito e pode ser baixado na Play Store do Android.

Observações:

1 - O ideal é você colocar seu nome para identificar o celular pelo Bluetooth também, assim ao parear o seu celular com o notebook de apuração já fica registrado de quem é o device.

2 - O tracklog do XCtrack é confiável? sim ele é, em uma etapa em Tangará onde a diferença entre Ronnie Koerich e André Becker foi de 1 segundo fizemos a comparação do tracklog do Ronnie usando o XCtrack e não teve diferença em relação ao GPS principal dele.

3 - Então posso usar somente o celular com XCtrack?? isso é uma escolha sua, a bateria pode acabar, o celular travar, o aplicativo travar… Eu voaria com apenas um GPS? Não! a palavra mágica é BACKUP! “Quem voa com 1 voa sem nenhum”…

4 - Não deixe pra "tentar fazer isso" ou "querer aprender" no dia da etapa de campeonato, se vai usar o XCTrack, faça um voo de fim de semana, ande de carro, bike, depois vai lá e tenta renomear o tracklog, copiar o waypoint para pasta, identificar o bluetooth com seu nome, montar prova, etc... etc... etc...

Abraços e Bons Voos.


Maicon

1° Etapa CCP 2015 - Jaraguá do Sul-SC

Time do Paraná(Tesão piá !)

Nesse final de semana rolou a 1° etapa do CCP(Campeonato Catarinense de Parapente) 2015 em Jaraguá do Sul-SC.

A previsão não era das melhores, e muita gente não foi pois não acreditou que iria dar voo.
No sábado, foi montada uma prova com alguns pilões no vale, e a condição estava muito boa. Todos no ar, surfando pela base esperando o start. Porém logo no inicio da prova, a comissão de prova decidiu cancelar a prova pois havia um CB nas proximidades que poderia complicar o vôo.

Mesmo assim deu voo por muito tempo, e a turma aproveitou para voar a tarde toda. E o CB só chegou no final de tarde, e trouxe muita chuva.
Já no domingo, o tempo amanheceu nublado, e com muita umidade, por causa da chuva de sábado. Alguns nem quiseram subir o morro não acreditando na condição.
A nossa turma do PR, também não acreditou que poderia rolar prova, e resolvemos decolar para fazer um voo já cedo, enquanto a condição estava boa para um vôo local. Vários pilotos decolaram mesmo esperar pela definição do cancelamento do dia pelo juiz geral da competição.

Quando já estávamos prontos para decolar para o prego, a comissão se reuniu para decidir a prova do dia. E esperamos para ver o que seria feito. Foi decidido uma prova de 32 km, com pilões a frente do morro.

Decolamos cedo, e conseguimos nos posicionar na base e esperar o start. Enquanto outros não conseguiram subir e tiveram que buscar a termal mais a frente.

Já no inicio do vôo, eu, Marcinho e Rangel saímos a frente, com boas termais e altura. Mas logo a frente a turma nos alcançou e voamos juntos por um tempo. O legal foi ver a turma do Paraná em peso neste primeiro pelotão : Rangel, Meguinha, Estevão, Kauan com o Mega logo atras...

Conforme avançávamos na prova, o tempo foi nublando ainda mais, e deixando as termais fracas.
E já no pilão J27(12km da rampa no contra vento) foi onde as coisas foram decididas. cada um teve que tomar sua decisão, pois ficamos baixos, e sem termais.
Uns entraram no modo sobrevivência e escolheram enroscar no zerinho... mas o vento contra os afastou mais do pilão, e outros preferiram dar o tiro de misericórdia e atacar o pilão...
Todos no chão..... foi bom enquanto durou.

Cerca de 50 minutos depois, mais duas velas ainda estavam voando, eram Mark e Olivio, que pegaram outra condição e conseguiram bater os pilões seguintes, mas não fizeram o Gol também.

O Olivio, deve ter ficado a uns 6 km do gol vencendo o dia, mas acredito que deve ter errado algum pilão, e seu voo foi marcado somente ate o km 14. E Mark fez 19km.
Falando assim, parece que foi pouco, mas existem dias que é muito mais difícil fazer 15 km, do que 80 km em outros locais....

No final, o grande vencedor foi o meu amigo Mark Marquito, de Pomerode, seguidos do Olivio e Eu.
Grande destaque para o lifteiro do morro do Boi, Rangel(Chilli3) que venceu na categoria Start, e ficou em 3° na Sport.

RESULTADOS GERAIS AQUI !

Mas os PARABÉNS são para a comissão de segurança, que acertadamente cancelaram a prova de sábado, e a comissão técnica que acreditou na condição de domingo e montou uma prova, mesmo com a grande maioria sem acreditar que rolaria um bom voo.
E em nome do time do Paraná, obrigado a organização da etapa, e aos membros do JCVL, pela excelente recepção. Tinha muita gente daqui que ainda não conhecia Jaraguá, e ficaram apaixonados pelo local.

E até Pomerode na etapa de 18 e 19 de Abril.
                                       Galo Véio de vela nova !

quinta-feira, 19 de março de 2015

Palha - Paranaguá - 95km

Provavelmente este foi o vôo mais inusitado que fiz. Decolando do Palha, sentido Anahangava, passando pela serra do mar, pico Marumbi, enroscando a 2400 em cima de Morretes, e pousando em Paranaguá.
Condição raríssima de se pegar aqui em Curitiba, pois o vento tem que estar de Oeste o tempo todo.

No sita Doarama é possível darmos replay no tracklog, e visualizarmos o nosso vôo em 3D.

Simplismente demais !

Clique aqui para ver o replay



Na imagem, estou enroscando a 4m/s em cima do Anhangava, já com o Marumbi ao fundo.


Tracklog do vôo no XcBrasil http://www.xcbrasil.org/flight/1232

domingo, 15 de março de 2015

ACELERA !!




As vezes alguns amigos e ex alunos me perguntam como se faz para acelerar a vela. Qualquer piloto com um pouco de coragem consegue simplesmente meter o pé no acelerador, e acelerar a sua vela. Mas eu não acho que seja tão simples assim.Este tipo de piloto que soca o pé no speed bar, normalmente não consegue ter um bom rendimento, e eventualmente leva alguns colapsos, ou não consegue manter a vela acelerada por muito tempo.Ainda falando sobre este tipo de aceleração ''grosseira'', na minha opinião está longe de ser a forma correta. Pois esta aceleração brusca, acaba gerando pêndulos, e estes levam a um mal rendimento, pois o piloto tem que ficar corrigindo os avanços da vela durante os pêndulos, ou pior ainda, quando acabam ocorrendo colapsos por consequência dos pêndulos, e correções incorretas.Desde que comecei a voar de parapente, sempre treinei muito acelerar a vela, e inclusive já conversei muito com pilotos TOPs como Bafinho, Samuka, Serginho e Frank, que me passaram muitas dicas sobre este assunto.Cada um deles possui suas técnicas e conceitos sobre isso, e eu acabei desenvolvendo a minha técnica, que agora compartilho com os amigos.Acho que a primeira coisa que temos que  temos que ter em mente é que não estamos pilotando uma moto 1100cc, ou um Camaro de 406CV de potencia, não adianta socar o pé e esperar que a vela responda imediatamente. Quando pisamos no speed bar, a vela demora e precisa de um tempo para''embalar'' e ganhar velocidade.Por segundo, acredito que a principal preocupação que devemos ter neste processo, é NÃO gerar pêndulos.O maior erro cometido pelos pilotos, é que ao acelerar bruscamente acabam gerando pêndulos, que vão ficando difíceis de administrar a medida que ganhamos velocidade.Então, o processo de aceleração deve ser progressivo, harmonioso, de tal forma que não sejam gerados pêndulos.Uma aceleração que não gere pêndulos, é muito mais fácil de administrar, mais eficiente e nos dá muito mais rendimento.A seguir, direi a minha técnica que uso para acelerar. Mas isso não quer dizer que seja a correta. Cada piloto deve treinar, conversar com outros pilotos, e desenvolver a sua própria técnica.Aí vai:1-Ao sair da térmica, ou lift antes de iniciarmos um planeio de transição, normalmente estamos com a vela freiada, com uma leve pressão em ambos os freios, seja para diminuir o afundamento, ou para segurar a vela na turbulência. Então, o inicio do processo de aceleração, é liberar os freios lentamente e deixar a vela criar velocidade e estabilizar.2-Depois de estabilizada(sem pêndulos), devemos iniciar uma leve pilotagem pelos tirantes( B ou C dependendo da sua vela). Esta pilotagem torna possível evitar pequenos avanços e ainda controlar a trajetória da vela, sem atuar nos freios.3-Somente agora é o momento de começar a atuar no speed bar. É importante dizer que o acelerador deve estar regulado, simétrico, e devemos ter muita intimidade com ele...4-Ao pisar no speed bar, devemos continuar com a pilotagem pelos tirantes, e também manter a preocupação em não gerar pêndulos. Por isso este movimento deve ser progressivo, continuo e suave, até chegar ao ponto que você deseja acelerar.5-E quando chegar ao ponto desejado, continuamos com a pilotagem pelos tirantes, até quando possível.É importante dizer que a pilotagem pelos tirantes não substitui os batoques. então quando a condição fica turbulenta, volte a pilotar pelos batoques novamente. E quando a turbulência passar, reinicia o processo de aceleração novamente.

Bons treinos e acelerações !

quinta-feira, 12 de março de 2015

AIR DESIGN - PURE 2

A Air Desing enviou para certificação a sua nova vela D, o Pure 2.

Para quem não sabe, a Air Desing é basicamente formada pelo ex projetista da UP Stephan Stiegler, ex campeão do mundo de parapente, e responsável por grandes velas (Trango, Summit, Kantega, Targa) Velas que inclusive ganharam por 3 vezes o PWC, em seus dias de glória e Martin Gostner, ex gerente Airwave.

Eu voei em muitas velas UP, e no seu DNA, estão características como: Velas firmes, comandos mais pesados, excelente planeio. Essas características sempre foram da UP.
E com a Air design o DNA continua, com suas velas seguindo as mesmas características das antigas velas da UP.
Eu tive a chance de voar um pouco com o Airdesign Pure, e fiz grandes voos. Inclusive o recorde paranaense de Xc é com esta vela.
Muito planeio, estabilidade, e facilidade de pilotagem são as características desta vela.

E agora, depois das novas regras de homologações, parece que as fabricas estão novamente retomando os projetos para as velas EN D. E uma grande expectativa existe sobre o novo Pure 2, que está em homologação.

Eu confio muito nos projetos do Stephan, e se eu estivesse para comprar uma vela D, certamente levaria em consideração este lançamento. Esta vela vem para bater de frente com Mantra 6 e Boomerang GTO 2.

terça-feira, 10 de março de 2015

segunda-feira, 2 de março de 2015

2 LINERS !

Desde o início das velas 2 linhas, já voei com o 1° TR2 2010, TR2 2011, Enzo, IP7 Pro e agora o Boomerang 10.

Cada uma delas tem suas características, boas e ruins:

-Sol TR2 2010, é a 1° vela 2 linhas da sol, eu recebi a minha enquanto estava no time da Sol. Esta vela era a principal concorrente do Ozone R10. Por vezes ela era de dificil pilotagem, e com o tempo, aparecia um vinco no extra dorso bem característico. Era uma boa vela, mas ainda um nivel abaixo do R10.

-Sol TR2 2011, após mais alguns protótipos, a Sol acertou o projeto e lançou a nova versão do TR2, que apesar de visualmente bem parecida com a primeira versão, em voo era uma nova vela completamente diferente. Muito mais fácil de pilotar, muito mais estável, com melhor planeio, e não apresentava mais o vinco no extra dorso. Essa vela batia de frente contra o R10, e inclusive contra os R11. A minha era uma XL, pra 118kg, e eu voava com 123kg. A vela voava muito bem, e acelerado parecia uma asa delta. Ainda tenho a minha, que está em ótimo estado, e toda vez que voo nela, pouso feliz.
Com essa vela fui vice campeão brasileiro na etapa de Tangará 2011. Nessa etapa alguns pilotos de R11, vinham me perguntar se esta vela era diferente das outras, pois estava planando muito.
Inclusive, acredito que esta vela passaria na nova homologação CCC, e seria competitiva contra as principais velas do mercado. Seria muito legal ver a SOL forte novamente nas competições. Ary homologa o TR2 Expedition aí pra Nós !!

-Ozone Enzo, esta vela nasceu as pressas, devido a proibição das velas Open. O Enzo, nada mais é do que o R10, com um set de linhas mais ''cabrado'', e acelerador curtinho. Muita gente diz que devido a isso, ele tem tendências de stall. Eu nunca tive problemas deste tipo com esta vela. Talvez a principal característica do Enzo, seja a flutuação. Esta vela consegue converter em altura salva, qualquer tipo de bolhinha que encontra. Em condições fracas, ela é excelente. E devido ao acelerador curtinho ela só tem 2 velocidades.... ou é 100% acelerado, ou 0% hahaha

Niviuk IP7 Pro, esta vela vem da 2° geração das velas 2 linhas EN D. Desde o 1° voo que fiz com ela, senti muita confiança, e muita facilidade em pilotar e acelerar. Dentre todas elas, provavelmente é a que gira mais fechado, e é a mais fácil de pilotar em condições fortes. Da mesma maneira, é a que se mantém mais estável em voo acelerado, inclusive em turbulências. Talvez esse seja o grande ponto forte dessa vela, pois como ela é mais facil de pilotar e estável, o piloto consegue ter mais performance, pois não precisa aplicar tanto input de comandos, e nem aliviar muito o pé do acelerador.

Gin Boomerang 10 , Esta vela pertence a nova geração de velas CCC (Civl Competition Class) Ainda fiz poucos vôos com esta vela, mas ela me parece superior a todas as outras em todos os quesitos. Velocidade, afundamento, estabilidade, voo acelerado, comandos precisos. A sensação de facilidade e estabilidade lembra muito o IP7 pro, só que ela não mexe tanto. Neste ponto ela se parece mais com o TR2 2011, que é bem firme. Ainda preciso fazer mais alguns voos para me adaptar mais, mas até agora eu estou muito satisfeito com o B10.

 No último mundial da Colombia, foi a única vela que finalmente se equivaleu aos Ozone enzo 2. Segundo relatos de pilotos que estavam lá, o B10 é inclusive um pouco mais rápido que o Enzo 2.

Na minha preferencia seria:

1° Gin Boomerag 10
2° Sol TR2 2011
3° Niviuk IP7 Pro
4° Ozone Enzo
5° TR2 2010



Sul Brasileiro em Tibagi - PR

Minha bateria acabou, e só consegui gravar 40 segundos do Sul Br de Tibagi...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Algumas imagens do Sul Br em Tibagi-PR

Imagens feitas pelo meu amigo Marcinho, de Jaraguá do Sul !

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Prova 1 sul br de Tibagi

http://www.fvlp.com.br/news/resultado-previo-csbp-task-1-open

Sul Brasileiro de Tibagi !



Neste final de semana rolou em Tibagi-PR a 1° etapa do campeonato regional mais tradicional do Brasil, o Sul Brasileiro 2015.
Mesmo com muita chuva durante vários dias, e a previsão ruim, muitos pilotos dos 3 estados do Sul compareceram para prestigiar a etapa.

A previsão era de chuva para sábado, e o sol apareceu com um vento nordeste um pouco forte, e prova montada de 36km´s.
Muitos decolaram e esperaram a condição no lift do Jacaré, e a prova já se definiu pouco antes do start, onde alguns pilotos se posicionaram a direita do morro, e pegaram uma boa termal onde colocaram base e sairam para a prova.
Com o forte vento, e boa condição, a prova foi completada em pouco mais de 30 minutos.
O vencedor do dia foi o nosso paranaense Deonir, que estava de vela nova e sanguenozóio, e ficou bem posicionado para dar o bote no planeio final e superar seus adversários. Neste dia 13 pilotos completaram a prova.

Na prova de domingo, com a previsão bem melhor, foi montada uma prova de 46,2 voados. Logo após a abertura da janela, alguns pilotos decolaram e conseguiram subir e se posicionar para realizar a prova. E logo após esse 1° ciclo, o vento virou não permitindo a decolagem de muitos.
Mesmo assim a prova seguiu para quem estava no ar, em ritmo de campeonato brasileiro. Base a 2600, e termais de até 6m/s por toda a prova.
No final, conseguimos voar até a beira do Canion Guaterlá, onde entrou um forte vento de Leste(contra) que nos derrubou a somente 3,5 km do gol.
Seria mais fácil fazer mais 30km voltando para Tibagi no caudal, do que realizar a última perna de 8 km de contra vento....Mas mesmo assim foi um belo voo, com muitas trocas de posições... aceleradas...longos planeios... e ótimas térmicas. Os vencedores deste dia foram Rogerio Tonoli e Eu mesmo que conseguimos esticar ao máximo o planeio final no forte vento contra..


No final, o grande( tá, não tão grande assim, pelo menos na altura) o nosso amigo Deonir de Cascavel, que matou o 1° dia, e no 2° apenas se manteve com os lideres.

Resultados gerais em: http://www.fvlp.com.br/noticias.php?y=2015&m=2

Parabéns ao campeão Deonir, a toda equipe da FVLP, e a todos os pilotos que tiveram coragem em se deslocar centenas de KM´s para prestigiar o evento.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Workshop - Técnicas de Competição - XC e pilotagem de performance.

Hoje irei realizar um Workshop sobre técnicas de competição, vôos de Xc e pilotagem de performance para parapentes.
A idéia é repassar e discutir as técnicas, e conceitos que desenvolvi voando em competições e vôos de XC em 18 anos de vôo livre.
O workshop será realizado na Escola de Voo Livre Vento Norte, dos meus amigos Márcio e Kauan em Curitiba-PR. São somente 15 vagas, que esgotaram-se em poucos minutos.

Alguns assuntos abordados:
 
-Estrutura de competições
-Uso de softwares de vôo(Lk8000, XcTrack)
-Estrategias de competição(iniciantes e avançado)
-Posicionamento e seleção de pelotões -Avaliação e objetividade no vôo
-Geradores, térmicas e gatilhos
-Como voar rápido(avaliações, decisões e pilotagem)
-Como avaliar e abordar uma térmica
-Como e quanto devo acelerar?
-Técnicas avançadas de aceleração
-Pilotagem de rendimento

Estou com grande expectativa sobre esse workshop, e espero que todos consigam absorver algo que os faça evoluir no vôo.

CPP 2014 - Etapa Tibagi-PR

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Zé Maria.......

Hoje faleceu meu amigo Zé Maria.

O Zé Maria é um piloto de asa de Florianópolis, que segundo os relatos, em um pouso na Lagoa da Conceição, na aproximação...teve um grave acidente. Não se sabe direito ainda se a asa entrou em stall de ponta de asa por falta de velocidade, ou se a curva foi a baixa altura e a ponta enroscou no chão.
O acidente foi neste final de semana, e o Zé lutou até hoje, e não resistiu.

Estou triste... muito triste e sinto pela família e amigos do Zé.

Pra mim, de certa forma o Zé é como um ídolo. Quando eu estava aprendendo a voar, com 13 anos em 1996, fomos com meu pai e meu irmão a santo amaro realizar alguns vôos, e vi o Zé se preparando para decolar com sua Klassic, e vestindo um monte de jaquetas e luvas em um sol de mais de 40°... não entendi aquilo e achei que eles estavam loucos. Quando decolaram, vi ele desaparecer no céu e indo pra extratosfera. Foi a 1° vez que vi alguém estampando daquele jeito....no final de tarde dei meu prego, e só depois disso eles pousaram. Tinham voado a tarde toda naquela condição, e eu fiquei maravilhado com aquilo.

No ano passado, eu voai de asa no Catarinense e tive a chance de me encontrar com ele, que inclusive elogiou a minha decolagem que eu tinha feito naquela oportunidade. E eu retribui, contando essa historia toda, e ele ainda lembrava daquele vôo. Foi muito legal.

Inclusive eu já tinha contado esta história aqui no blog, onde o próprio Zé fez um comentário bem legal..
http://asaronnie.blogspot.com.br/2013/02/contos-e-causos-de-santo-amaro.html#comment-form

Uma pena, um piloto experiente como o Zé partir deste jeito, e isto nos faz pesar que não importa o quanto experiente nós somos...toda a prudência é pouca...


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

3° etapa do Campeonato Paranaense em Tibagi-PR

Neste final de semana rolou a 3° etapa do campeonato paranaense de parapente em Tibagi-PR. A previsão era de bons voos nos dois dias, porém no sábado o vento estava nordeste forte, e o céu ficou com mais de 80% de cobertura de nuvens. Foi decidida uma prova de 41 km, sentido reserva com decolagem do Jacaré.
Como o vento não baixava, e o sol ainda estava tímido, a organização alterou a prova para 27 km, para aumentar as possibilidades de uma boa pontuação. Janela aberta, ainda nublado, mas já com o vento mais tranquilo.
Decolaram Curruira, Junior e Rafa cabelo, que imediatamente colocaram na base. Decolei logo em seguida, e também consegui subir com facilidade. Já a turma que veio depois, perdeu o bonde, e teve que aguardar no lift do Jacaré o próximo bonde passar. Nisso o Meguinha também conseguiu subir e juntou-se a nós.
Com o vento forte, e ainda nublado, saimos para a prova, de forma bem conservadora, sem arriscar muito, pois o teto estava baixo, e as termais fracas ainda. Rafa Cabelo saiu na frente, mostrando o caminho para nós, e o vôo ficou fácil. Em 40 minutos chegamos ao Gol. Rafa cabelo(Mantra 4) venceu o dia, Meguinha em 2°(IP6) e eu em 3°( Gin Carrera). O Júnior estava junto, mas ficou se enrolando em termais muito fracas e acabou ficando na reta final ao gol. Logo que pousamos, o céu abriu, e começaram a chegar os demais pilotos. Kauan(Chilli 3) Sr Márcio(Lotus), Jhon( Cayenne4) Sildomar(Delta2), Ezequiel(Mentor4), Daniel Farpado(Cayenne4) também chegaram no gol, relatando termais de 5m/s. Foi uma festa geral no gol.

Muito bom uma etapa do paranaense com vários no gol, e outros pelo meio do caminho com bons voos também. Já no domingo, o vento estava mais fraco, e com muito sol, o que levou a organização a crer que o vôo seria no Comuna( NO) já que tradicionalmente em Tibagi, amanhece nordeste e o vento vira para noroeste. Foi montada uma prova de 32 km, mas o vento não virou como esperado, permanecendo o dia todo de nordeste mesmo, impossibilitando que uma boa prova acontecesse. Eu ainda tentei um voo na abertura da janela, mas preguei. O Meguinha também tentou e conseguiu subir e completou a prova do dia.
E não houveram mais decolagens, pois o vento estava muito lateral, invalidando a prova do dia...

O grande Campeão da etapa, foi o Rafa Cabelo, seguidos de Meguinha e eu. Tá.. e se o Kauan pode voar de B, eu também posso e fui campeão da Fun com o Gin Carrera. Parabéns aos organizadores, FVLP, CVLCG, e voluntários.
E um especial obrigado ao resgate que foi me buscar em uma roubada no domingo e ao amigo Ernest assombroso que me emprestou seu Gin Carrera para voar nesta etapa. E até a próxima etapa em Fevereiro em Japira no Carnaval.

Em breve um videozinho da etapa. E desconsiderem os erros de portugues, pois este texto foi escrito no celular ;-)