segunda-feira, 23 de março de 2015

Recado do Mentira sobre o XcTrack !

Olá Pessoal
Muitos competidores estão usando XCtrack e questionam se o tracklog dele é valido em Campeonato. Sim, o tracklog é válido e o uso do XCtrack em um celular agiliza muito o processo de download do tracklog pois é possível enviar por bluetooth, eliminando conflitos com drives, cabos e o tempo de envio não passa de 10 segundos. O XCtrack atualmente (versão 0.5.1) gera o arquivo de tracklog com nome padrão (ex: 2015-03-21-XCT-MXX-01.igc) por isso eu só aceitarei o arquivo renomeado. O piloto deve renomear o arquivo antes de enviar para a apuração, alterando o formato para: data-nomedopiloto.numerocivlid.igc (ex: 2015-03-21-maicon.14378.igc), então decore seu Civlid!!!

E como renomear e enviar o arquivo? Para isso, você terá que usar um gerenciador de arquivos em seu celular, eu recomendo o ES File Explorer que é gratuito e pode ser baixado na Play Store do Android.

Observações:

1 - O ideal é você colocar seu nome para identificar o celular pelo Bluetooth também, assim ao parear o seu celular com o notebook de apuração já fica registrado de quem é o device.

2 - O tracklog do XCtrack é confiável? sim ele é, em uma etapa em Tangará onde a diferença entre Ronnie Koerich e André Becker foi de 1 segundo fizemos a comparação do tracklog do Ronnie usando o XCtrack e não teve diferença em relação ao GPS principal dele.

3 - Então posso usar somente o celular com XCtrack?? isso é uma escolha sua, a bateria pode acabar, o celular travar, o aplicativo travar… Eu voaria com apenas um GPS? Não! a palavra mágica é BACKUP! “Quem voa com 1 voa sem nenhum”…

4 - Não deixe pra "tentar fazer isso" ou "querer aprender" no dia da etapa de campeonato, se vai usar o XCTrack, faça um voo de fim de semana, ande de carro, bike, depois vai lá e tenta renomear o tracklog, copiar o waypoint para pasta, identificar o bluetooth com seu nome, montar prova, etc... etc... etc...

Abraços e Bons Voos.


Maicon

1° Etapa CCP 2015 - Jaraguá do Sul-SC

Time do Paraná(Tesão piá !)

Nesse final de semana rolou a 1° etapa do CCP(Campeonato Catarinense de Parapente) 2015 em Jaraguá do Sul-SC.

A previsão não era das melhores, e muita gente não foi pois não acreditou que iria dar voo.
No sábado, foi montada uma prova com alguns pilões no vale, e a condição estava muito boa. Todos no ar, surfando pela base esperando o start. Porém logo no inicio da prova, a comissão de prova decidiu cancelar a prova pois havia um CB nas proximidades que poderia complicar o vôo.

Mesmo assim deu voo por muito tempo, e a turma aproveitou para voar a tarde toda. E o CB só chegou no final de tarde, e trouxe muita chuva.
Já no domingo, o tempo amanheceu nublado, e com muita umidade, por causa da chuva de sábado. Alguns nem quiseram subir o morro não acreditando na condição.
A nossa turma do PR, também não acreditou que poderia rolar prova, e resolvemos decolar para fazer um voo já cedo, enquanto a condição estava boa para um vôo local. Vários pilotos decolaram mesmo esperar pela definição do cancelamento do dia pelo juiz geral da competição.

Quando já estávamos prontos para decolar para o prego, a comissão se reuniu para decidir a prova do dia. E esperamos para ver o que seria feito. Foi decidido uma prova de 32 km, com pilões a frente do morro.

Decolamos cedo, e conseguimos nos posicionar na base e esperar o start. Enquanto outros não conseguiram subir e tiveram que buscar a termal mais a frente.

Já no inicio do vôo, eu, Marcinho e Rangel saímos a frente, com boas termais e altura. Mas logo a frente a turma nos alcançou e voamos juntos por um tempo. O legal foi ver a turma do Paraná em peso neste primeiro pelotão : Rangel, Meguinha, Estevão, Kauan com o Mega logo atras...

Conforme avançávamos na prova, o tempo foi nublando ainda mais, e deixando as termais fracas.
E já no pilão J27(12km da rampa no contra vento) foi onde as coisas foram decididas. cada um teve que tomar sua decisão, pois ficamos baixos, e sem termais.
Uns entraram no modo sobrevivência e escolheram enroscar no zerinho... mas o vento contra os afastou mais do pilão, e outros preferiram dar o tiro de misericórdia e atacar o pilão...
Todos no chão..... foi bom enquanto durou.

Cerca de 50 minutos depois, mais duas velas ainda estavam voando, eram Mark e Olivio, que pegaram outra condição e conseguiram bater os pilões seguintes, mas não fizeram o Gol também.

O Olivio, deve ter ficado a uns 6 km do gol vencendo o dia, mas acredito que deve ter errado algum pilão, e seu voo foi marcado somente ate o km 14. E Mark fez 19km.
Falando assim, parece que foi pouco, mas existem dias que é muito mais difícil fazer 15 km, do que 80 km em outros locais....

No final, o grande vencedor foi o meu amigo Mark Marquito, de Pomerode, seguidos do Olivio e Eu.
Grande destaque para o lifteiro do morro do Boi, Rangel(Chilli3) que venceu na categoria Start, e ficou em 3° na Sport.

RESULTADOS GERAIS AQUI !

Mas os PARABÉNS são para a comissão de segurança, que acertadamente cancelaram a prova de sábado, e a comissão técnica que acreditou na condição de domingo e montou uma prova, mesmo com a grande maioria sem acreditar que rolaria um bom voo.
E em nome do time do Paraná, obrigado a organização da etapa, e aos membros do JCVL, pela excelente recepção. Tinha muita gente daqui que ainda não conhecia Jaraguá, e ficaram apaixonados pelo local.

E até Pomerode na etapa de 18 e 19 de Abril.
                                       Galo Véio de vela nova !

quinta-feira, 19 de março de 2015

Palha - Paranaguá - 95km

Provavelmente este foi o vôo mais inusitado que fiz. Decolando do Palha, sentido Anahangava, passando pela serra do mar, pico Marumbi, enroscando a 2400 em cima de Morretes, e pousando em Paranaguá.
Condição raríssima de se pegar aqui em Curitiba, pois o vento tem que estar de Oeste o tempo todo.

No sita Doarama é possível darmos replay no tracklog, e visualizarmos o nosso vôo em 3D.

Simplismente demais !

Clique aqui para ver o replay



Na imagem, estou enroscando a 4m/s em cima do Anhangava, já com o Marumbi ao fundo.


Tracklog do vôo no XcBrasil http://www.xcbrasil.org/flight/1232

domingo, 15 de março de 2015

ACELERA !!




As vezes alguns amigos e ex alunos me perguntam como se faz para acelerar a vela. Qualquer piloto com um pouco de coragem consegue simplesmente meter o pé no acelerador, e acelerar a sua vela. Mas eu não acho que seja tão simples assim.Este tipo de piloto que soca o pé no speed bar, normalmente não consegue ter um bom rendimento, e eventualmente leva alguns colapsos, ou não consegue manter a vela acelerada por muito tempo.Ainda falando sobre este tipo de aceleração ''grosseira'', na minha opinião está longe de ser a forma correta. Pois esta aceleração brusca, acaba gerando pêndulos, e estes levam a um mal rendimento, pois o piloto tem que ficar corrigindo os avanços da vela durante os pêndulos, ou pior ainda, quando acabam ocorrendo colapsos por consequência dos pêndulos, e correções incorretas.Desde que comecei a voar de parapente, sempre treinei muito acelerar a vela, e inclusive já conversei muito com pilotos TOPs como Bafinho, Samuka, Serginho e Frank, que me passaram muitas dicas sobre este assunto.Cada um deles possui suas técnicas e conceitos sobre isso, e eu acabei desenvolvendo a minha técnica, que agora compartilho com os amigos.Acho que a primeira coisa que temos que  temos que ter em mente é que não estamos pilotando uma moto 1100cc, ou um Camaro de 406CV de potencia, não adianta socar o pé e esperar que a vela responda imediatamente. Quando pisamos no speed bar, a vela demora e precisa de um tempo para''embalar'' e ganhar velocidade.Por segundo, acredito que a principal preocupação que devemos ter neste processo, é NÃO gerar pêndulos.O maior erro cometido pelos pilotos, é que ao acelerar bruscamente acabam gerando pêndulos, que vão ficando difíceis de administrar a medida que ganhamos velocidade.Então, o processo de aceleração deve ser progressivo, harmonioso, de tal forma que não sejam gerados pêndulos.Uma aceleração que não gere pêndulos, é muito mais fácil de administrar, mais eficiente e nos dá muito mais rendimento.A seguir, direi a minha técnica que uso para acelerar. Mas isso não quer dizer que seja a correta. Cada piloto deve treinar, conversar com outros pilotos, e desenvolver a sua própria técnica.Aí vai:1-Ao sair da térmica, ou lift antes de iniciarmos um planeio de transição, normalmente estamos com a vela freiada, com uma leve pressão em ambos os freios, seja para diminuir o afundamento, ou para segurar a vela na turbulência. Então, o inicio do processo de aceleração, é liberar os freios lentamente e deixar a vela criar velocidade e estabilizar.2-Depois de estabilizada(sem pêndulos), devemos iniciar uma leve pilotagem pelos tirantes( B ou C dependendo da sua vela). Esta pilotagem torna possível evitar pequenos avanços e ainda controlar a trajetória da vela, sem atuar nos freios.3-Somente agora é o momento de começar a atuar no speed bar. É importante dizer que o acelerador deve estar regulado, simétrico, e devemos ter muita intimidade com ele...4-Ao pisar no speed bar, devemos continuar com a pilotagem pelos tirantes, e também manter a preocupação em não gerar pêndulos. Por isso este movimento deve ser progressivo, continuo e suave, até chegar ao ponto que você deseja acelerar.5-E quando chegar ao ponto desejado, continuamos com a pilotagem pelos tirantes, até quando possível.É importante dizer que a pilotagem pelos tirantes não substitui os batoques. então quando a condição fica turbulenta, volte a pilotar pelos batoques novamente. E quando a turbulência passar, reinicia o processo de aceleração novamente.

Bons treinos e acelerações !

quinta-feira, 12 de março de 2015

AIR DESIGN - PURE 2

A Air Desing enviou para certificação a sua nova vela D, o Pure 2.

Para quem não sabe, a Air Desing é basicamente formada pelo ex projetista da UP Stephan Stiegler, ex campeão do mundo de parapente, e responsável por grandes velas (Trango, Summit, Kantega, Targa) Velas que inclusive ganharam por 3 vezes o PWC, em seus dias de glória e Martin Gostner, ex gerente Airwave.

Eu voei em muitas velas UP, e no seu DNA, estão características como: Velas firmes, comandos mais pesados, excelente planeio. Essas características sempre foram da UP.
E com a Air design o DNA continua, com suas velas seguindo as mesmas características das antigas velas da UP.
Eu tive a chance de voar um pouco com o Airdesign Pure, e fiz grandes voos. Inclusive o recorde paranaense de Xc é com esta vela.
Muito planeio, estabilidade, e facilidade de pilotagem são as características desta vela.

E agora, depois das novas regras de homologações, parece que as fabricas estão novamente retomando os projetos para as velas EN D. E uma grande expectativa existe sobre o novo Pure 2, que está em homologação.

Eu confio muito nos projetos do Stephan, e se eu estivesse para comprar uma vela D, certamente levaria em consideração este lançamento. Esta vela vem para bater de frente com Mantra 6 e Boomerang GTO 2.

terça-feira, 10 de março de 2015

segunda-feira, 2 de março de 2015

2 LINERS !

Desde o início das velas 2 linhas, já voei com o 1° TR2 2010, TR2 2011, Enzo, IP7 Pro e agora o Boomerang 10.

Cada uma delas tem suas características, boas e ruins:

-Sol TR2 2010, é a 1° vela 2 linhas da sol, eu recebi a minha enquanto estava no time da Sol. Esta vela era a principal concorrente do Ozone R10. Por vezes ela era de dificil pilotagem, e com o tempo, aparecia um vinco no extra dorso bem característico. Era uma boa vela, mas ainda um nivel abaixo do R10.

-Sol TR2 2011, após mais alguns protótipos, a Sol acertou o projeto e lançou a nova versão do TR2, que apesar de visualmente bem parecida com a primeira versão, em voo era uma nova vela completamente diferente. Muito mais fácil de pilotar, muito mais estável, com melhor planeio, e não apresentava mais o vinco no extra dorso. Essa vela batia de frente contra o R10, e inclusive contra os R11. A minha era uma XL, pra 118kg, e eu voava com 123kg. A vela voava muito bem, e acelerado parecia uma asa delta. Ainda tenho a minha, que está em ótimo estado, e toda vez que voo nela, pouso feliz.
Com essa vela fui vice campeão brasileiro na etapa de Tangará 2011. Nessa etapa alguns pilotos de R11, vinham me perguntar se esta vela era diferente das outras, pois estava planando muito.
Inclusive, acredito que esta vela passaria na nova homologação CCC, e seria competitiva contra as principais velas do mercado. Seria muito legal ver a SOL forte novamente nas competições. Ary homologa o TR2 Expedition aí pra Nós !!

-Ozone Enzo, esta vela nasceu as pressas, devido a proibição das velas Open. O Enzo, nada mais é do que o R10, com um set de linhas mais ''cabrado'', e acelerador curtinho. Muita gente diz que devido a isso, ele tem tendências de stall. Eu nunca tive problemas deste tipo com esta vela. Talvez a principal característica do Enzo, seja a flutuação. Esta vela consegue converter em altura salva, qualquer tipo de bolhinha que encontra. Em condições fracas, ela é excelente. E devido ao acelerador curtinho ela só tem 2 velocidades.... ou é 100% acelerado, ou 0% hahaha

Niviuk IP7 Pro, esta vela vem da 2° geração das velas 2 linhas EN D. Desde o 1° voo que fiz com ela, senti muita confiança, e muita facilidade em pilotar e acelerar. Dentre todas elas, provavelmente é a que gira mais fechado, e é a mais fácil de pilotar em condições fortes. Da mesma maneira, é a que se mantém mais estável em voo acelerado, inclusive em turbulências. Talvez esse seja o grande ponto forte dessa vela, pois como ela é mais facil de pilotar e estável, o piloto consegue ter mais performance, pois não precisa aplicar tanto input de comandos, e nem aliviar muito o pé do acelerador.

Gin Boomerang 10 , Esta vela pertence a nova geração de velas CCC (Civl Competition Class) Ainda fiz poucos vôos com esta vela, mas ela me parece superior a todas as outras em todos os quesitos. Velocidade, afundamento, estabilidade, voo acelerado, comandos precisos. A sensação de facilidade e estabilidade lembra muito o IP7 pro, só que ela não mexe tanto. Neste ponto ela se parece mais com o TR2 2011, que é bem firme. Ainda preciso fazer mais alguns voos para me adaptar mais, mas até agora eu estou muito satisfeito com o B10.

 No último mundial da Colombia, foi a única vela que finalmente se equivaleu aos Ozone enzo 2. Segundo relatos de pilotos que estavam lá, o B10 é inclusive um pouco mais rápido que o Enzo 2.

Na minha preferencia seria:

1° Gin Boomerag 10
2° Sol TR2 2011
3° Niviuk IP7 Pro
4° Ozone Enzo
5° TR2 2010



Sul Brasileiro em Tibagi - PR

Minha bateria acabou, e só consegui gravar 40 segundos do Sul Br de Tibagi...