segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pilotagem pelo B ( Essa vai pro Mani)

Ainda existe muita dúvida sobre como funciona a pilotagem pelo B. E irei explicar o porque ela só funciona em velas de 2 linhas.
Em um voo normal, quando estamos de mão alta, os tirantes A e B estão paralelos, com a mesma altura, e assim o perfil da vela está no seu ângulo normal.
Quando aceleramos, o tirante A desce, em relação ao tirante B, e o perfil da vela fica em um ângulo acelerado. Quando acelerados e puxamos o B, o resultado é que os tirantes voltam a ficar na mesma altura, ou seja o resultado é o mesmo que tirar o pé do acelerador. Pois os tirantes A e B voltam a ficar paralelos.

Então quando estamos acelerados, e por algum motivo a vela resolve avançar(pitch) ou enfrentamos alguma turbulência grande o suficiente que nos coloque em risco de colapso, nós contemos esse avanço, ou estabilizamos a vela com um rápido comando pelo B.
Esse comando pelo B, é muito mais rápido e eficiente do que se tirarmos o pé do acelerador para depois acelerar novamente. A outra grande vantagem é podermos atuar no B de forma independente, com o objetivo de conter avanços e sempre mantermos uma boa pressão em ambos os lados da vela.

Quando estamos acelerados, e tiramos o pé do acelerador, geramos uma pendulagem grande, que demora para ser estabilizada. E com a pilotagem no B, esse comando é dosado da maneira correta e no momento certo, e é muito mais preciso do que atuar no acelerador.
Com essa técnica, é possível manter o pé no acelerador por muito mais tempo, e efetuar correções de picth com muita precisão sem gerar pêndulos e arrasto.

Outro ponto importante, é percebermos que essa pilotagem só funciona em velas com 2 linhas. Pois como só tem A e B, o perfil nunca se deforma.
Em velas com 3 ou mais linhas, cada vez que se atua no C ou D o perfil é deformado, e o resultado pode ser pior do que simplesmente só conter os pichts pelo acelerador, ou em casos mais fortes pelos freios.


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