terça-feira, 8 de junho de 2010

Etapa do Paulista em Socorro-SP



Estava eu indo para o 1º pilão no contra vento na segunda prova de Socorro, a condição estava turbulenta e em com 50% do acelerador em uso. Quando fui chamar alguém no rádio, tomei uma fechada e minha vela direita engravatou, a primeira coisa que eu fiz foi tentar manter o rumo sem negativar o outro lado, era bem difícil, pois a gravata estava grande, depois que eu consegui descobrir um ponto certo sem negativar, comecei a tentar tirar a gravata, puxava o stabilo, e fazia assimétricas, pequenas e depois grandes, e nada da gravata sair... Ainda estava alto e indo para o pilão, mas afundando muito por causa da gravata e do freio atuando do outro lado. Bati o pilão e vi o Samuka rodando uma termal dentro do pilão, bati na termal e para rodar foi só soltar o freio esquerdo, agora eu estava mais tranqüilo, pois não corria o risco de negativar o outro lado, e estava subindo. Eu tinha todo tempo do mundo para tentar tirar aquela gravata, puxa daqui, puxa dali e nada, comecei a ficar com raiva daquilo, tentei tudo o que era ‘’seguro’’ fazer e não teve resultado. Nisso veio o Chicoloco, Marquinho Blade, e Joao Vagão, e começaram a rodar conosco, chegaram mais baixo, mas rapidamente me alcançaram, daí o FDP do Chicoloco passando por mim disse:
-Ô... Vende essa merda.. e se quiser eu te devolvo o Betão, essa aqui não acontece isso..
Betão era o meu Tracer 17, que agora está com ele. E ele me passou dando risada.
Eu chamei o Samuel no rádio e disse:
-Samuka, não consigo tirar essa gravata.
Ele disse:
-Pera aí que eu tiro ela pro cê !
Nisso ele fez uma curva mais fechada , deu a volta e bateu na minha vela, mas não adiantou.
Ele disse:
-Guênta aí que eu vou tirar isso na mão !
Eu pensei:
“Caraio, isso vai se foda, mas vamo lá..”
Ele deu outro giro, e chegou bem perto, mas não conseguiu alcançar a ponta da minha vela.
Daí eu disse a ele para seguir o seu voo, pois aquilo estava ficando perigoso e quando eu ficasse alto, eu tiraria a gravata. A termal ficou mais forte e eles subiram rápido, e ele disse:
-Faz umas negativas que ela sai !
Pensei de novo “ Caraio, isso vai ser foda mas vamo lá”
Ainda dentro da termal, subindo, mandei a primeira negativa mais fraca, e fui aumentando a força, até que na 3º negativa a gravata virou uma gravata normal, daí foi só puxar o stabilo e seguir o vôo.
E o melhor disso tudo é que o João estava em baixo, olhando tudo e tentando fugir evitando que eu caísse em cima dele...
Quando a gravata saiu, foi até esquisito, eu já tinha me acostumado a voar com aquilo.
Ainda bem que todos que estava naquela térmica eram conhecidos, e me deixaram a vontade para lidar com aquilo.
E obrigado ao Samuka, que fez o que pode para me ajudar, e se não fosse ele eu não teria saído daquela situação e teria que ter pousado.
Resultado da briga contra a gravata.

João Vagão !

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